O surgimento da imprensa está intimamente ligado a um homem, Johannes Guttenberg. Ao inventar a prensa móvel no século XV, este alemão possibilitou a impressão de letras em papel através dos caracteres móveis, permitindo a posterior impressão em massa e consequente criação dos jornais. Uma das primeiras obras impressas por ele foi a Bíblia de 42 linhas.
Em Portugal, começaram a surgir então as “Gazetas”, publicações periódicas onde constavam notícias. A primeira data de 1641 e chamava-se “Gazeta em que se relatam as novas todas que houve nesta Corte e que vieram de várias partes, no mês de Novembro de 1641”. Um titulo longo, portanto, e jamais aplicável nos dias de hoje. No entanto, este era o único meio informativo da época e não primava pela actualização. Em 1702, surgia o inglês Daily Courant. Seguiu-lhe o francês Journal de Paris em 1777.
A informação começou então uma nova fase, a da massificação.
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Diferentes meios de comunicação
Séculos após a massificação da informação através do formato papel, surgiram outros meios de transmissão de informação, nomeadamente, o telégrafo, a
rádio e a
televisão. Estes novos meios trouxeram a novidade. A possibilidade de ouvir e ver os acontecimentos parecia ser muito mais interessante do que ler a descrição desses mesmos aconteciementos. Os jornais impressos confrontaram-se com rivais bastante fortes. Contudo, e apesar da ameaça destes novos meios, os jornais conseguiram manter o seu lugar de destaque como fiel meio de transmissão de informação aos seus leitores.
Novos avanços tecnológicos deram, posteriormente, origem à
World Wide Web (WWW). Com esta rede de alcance mundial, utilizadores de quaisquer partes do mundo podiam comunicar entre si, transferindo informações, documentos, vídeos, músicas, entre outros. A evolução desta rede trouxe novas possibilidades ao jornalismo. Inicialmente, começou-se por colocar online a cópia do formato impresso de um jornal, mas rapidamente se percebeu que o ciberespaço permitia muito mais.
Jornal online: uma ameaça ao formato papel A publicação do jornais online foi adquirindo caracteristicas que as distinguiram do formato papel. O jornal online possui instantaneidade, interactividade, hipertextualidade e é multimedia. A informação publicada num jornal online é constantemente actualizada. Num jornal impresso isto não acontece. A informaçao digital conquistou, assim, um lugar de destaque.
Dados recentes da
Marktest indicam que, cada vez mais, os portugueses preferem informar-se nos meios digitais. O mesmo estudo revela ainda que os leitores confessam ler mais jornais do que anteriormente. No entanto, apesar de lerem mais jornais, a verdade é que o interesse pelo formato online é cada vez
maior, adquirindo 'adeptos' a cada instante que passa.
A imprensa enfrenta, por isso, uma grave crise que pode levar ao seu fim. O seu formato não possibilita uma competição justa com o digital e são, por isso, cada vez mais as vozes que defendem que o fim está próximo. Para
Philip Meyer, os jornais conhecerão o seu fim no ano de 2043. Resta agora saber se a profecia se cumprirá.
http://www.slideshare.net/catiasofya/imprensa-489528